Jovem morre aps comer bolo envenenado enviado por colega 731do

A Polcia Civil concluiu nesta tera-feira (3) o inqurito sobre a morte da jovem Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, que faleceu aps ingerir um bolo envenenado em Itapecerica da Serra, na Grande So Paulo. O doce havia sido enviado por uma adolescente da mesma idade, que confessou o crime polcia.

Segundo o delegado responsvel pelo caso, Vitor Santos de Jesus, a autora alegou raiva e cimes de Ana Luiza como motivao. Ela demonstrava sinais de autoestima abalada e certo desequilbrio emocional, afirmou o delegado, ao destacar que a adolescente agiu sozinha e que ambas no estudavam na mesma escola.

O caso comoveu a comunidade e ganhou repercusso nacional. No ltimo sbado (31), Ana Luiza recebeu em casa o bolo com um bilhete misterioso e, aps consumi-lo, ou mal e foi levada ao hospital. Ela chegou a receber alta aps estabilizao, mas voltou a ter sintomas graves no domingo (1) e no resistiu. O laudo mdico aponta intoxicao alimentar como causa aparente da morte.

Durante o velrio, o pai da vtima, Silvio Ferreira das Neves, fez um desabafo emocionado. Perdi o amor da minha vida. Ela tinha acabado de fazer 17 anos. S Deus para me dar foras. A minha filha no merecia isso, lamentou, comovendo amigos e familiares.

As investigaes revelaram que Ana Luiza no foi a nica vtima. A mesma adolescente j havia enviado outro bolo envenenado, no dia 15 de maio, para uma segunda jovem, que chegou a ser internada, mas sobreviveu. Com a morte de Ana, os familiares da primeira vtima procuraram a polcia, o que ajudou a esclarecer os fatos.

Imagens de cmeras de segurana e o rastreamento da entrega por motoboy foram cruciais para a identificao da suspeita. A polcia localizou o entregador, que apontou o endereo de origem do bolo. Ao ser confrontada, a adolescente inicialmente negou envolvimento, mas acabou confessando os dois episdios aps horas de depoimento.

A jovem foi apreendida e encaminhada para a Fundao Casa aps deciso da Justia, que acatou o pedido de internao provisria por 45 dias.

O caso agora segue para o Ministrio Pblico, que pode oferecer denncia formal com base nas provas reunidas pela Polcia Civil. A comunidade segue abalada com o crime que tirou a vida de uma adolescente cheia de sonhos e planos.

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